Mulher-Maravilha (“Wonder Woman”)

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Do novo mundo cinemático da Marvel criado após a maravilhosa trilogia de Batman por Chirstopher Nolan, pode-se dizer sem dúvida que Mulher Maravilha é seu melhor exemplar, superando de longe “Esquadrão Suicida”, e também acima de “O Homem de Aço” e “Batman Vs. Superman”. Sem contar que a lindíssima Gal Gadot talvez seja a mais perfeita encarnação de qualquer relação artista / herói da DC nos cinemas nesse seu novo universo.

Lógico que o filme começa em desvantagem, já que tem que lidar com a lambança que o confuso roteiro de “Batman Vs. Superman” fez: começando com a já famosa foto dela na 1ª Guerra Mundial que é entregue a Diana Prince, ela então relembra suas origens como amazona na Ilha de Themyscira, até que um avião cai nas proximidades com agente Steve (Chris Pine de “Star Trek”), fazendo com que a tribo de mulheres tenha contato com a guerra e levando Diana a decidir voltar com Steve para Londres para ajudar a retornar a paz, pois ela acredita piamente que o orquestrador da guerra é Ares, o deus da guerra segundo a sua mitologia (grega).

A DC finalmente entendeu que é possível juntar ação, humor e uma trama séria sem que a coisa descambe para um dos lados. E se o elenco é irregular com vilões que mereciam mais destaques e coadjuvantes que parecem ter pouco a oferecer e são rapidamente esquecíveis, pelo menos a dupla Gadot e Pine exibem uma química perfeita e faz o espectador acreditar que num tempo tão efêmero e turbulento, os dois personagens conseguem uma conexão mais profunda.

A ação segue o padrão dos outros filmes da saga, sendo a maioria dos efeitos especiais sempre grandiosos, com algumas pequenas falhas onde fica meio na cara pontualmente a substituição dos atores por bonecos em CGI.

Talvez o maior destaque, além da própria atriz, é como o roteiro conseguiu combinar o tema da guerra com a mitologia sem prejudicar a linha temporal dos acontecimentos que vão levar a heróina até o presente, principalmente no momento em que o grande vilão se revela. Só não colou o desfecho com um salto literalmente para o nada (calma, não é spoiler), cometendo o erro da produção escorregar em seus próprios excessos e megalomania.

Ainda assim, com “Mulher Maravilha”, pela primeira vez a DC dá um passo certo e concreto na formação de seu universo com o devido tempo e muito mais acertos. E para os mal acostumados, não tem cena depois dos créditos.

Curiosidades:
– No processo de refilmagem, Gal Gadot já estava grávida de 5 meses, então tiveram que que colocar na sua barriga uma parte roupa verde para que fosse retirada digitalmente depois. Ou seja, o bebê sumiu com efeitos especiais.
– As cenas de lutas de Gal Gadot não foram difíceis porque antes de ser modelo profissional, ela já serviu no exército israelense.
– E justamente por isso, o filme foi barrado no Líbano, visto que ele está oficialmente em guerra com Israel.
– A grande mudança entre o filme e a HQ é que no filme ela conhece Steve na 1ª Guerra Mundial e na HQ isso ocorre na 2ª Guerra.
– Zack Snyder, diretor de “Batman Vs. Superman” e produtor desse filme faz uma breve aparição como um soldado.
– As atrizes Gal Gadot e Emily Carey, a Diana adulta e criança respectivamente, fazem aniversário no mesmo dia, 30 de abril.
– O personagem Erich Ludendorff interpretado por Danny Houston foi realmente um general da 1ª Guerra Mundial.

Ficha Técnica

Elenco:
Gal Gadot
Chris Pine
Connie Nielsen
Robin Wright
Danny Huston
David Thewlis
Saïd Taghmaoui
Ewen Bremner
Eugene Brave Rock
Lucy Davis
Elena Anaya
Lilly Aspell
Lisa Loven Kongsli

Direção:
Patty Jenkins

Produção:
Charles Roven
Deborah Snyder
Zack Snyder
Richard Suckle

Fotografia:
Matthew Jensen

Trilha Sonora:
Rupert Gregson-Williams

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