“O Amor Não Tem Fim” e o filme também não tem. Essa meio comédia, meio drama, meio romance da terceira idade explora os percalços amorosos próprios da aproximação da velhice. William Hurt de “Hospedeira” e Isabella Rossellini de “Amantes” são Adam e Mary respectivamente, um casal passando dos cinquenta anos que com filhos e netos enfrenta a solidão que o longo relacionamento propicia e começam a pensar se ficar juntos é a coisa certa.
O maior problema é que a diretora francesa Julie Gavras que teve relativo sucesso de crítica com o muito bom “A Culpa é do Fidel” de 2006 deve ter imaginado que porque a produção versa sobre o avanço da idade, a narrativa deveria ser arrastada e sem grandes apelos. Lá pela metade, o espectador já deve estar bocejando, principalmente com a montagem cansativa e a trilha sonora de consultório médico do desconhecido Sodi Marciszewer.
Willian Hurt até que está correto e dá uma cor à obra, mas Rosselini fica no ritmo moroso e o elenco coadjuvante é canastrão que dói. O final é burocrático em que se prevê antes mesmo de se colocar o DVD pra assistir.
“O Amor Não Tem Fim” fracassa como conteúdo e como narrativa. E não é pela idade é pela incompetência na realização.
Ficha Técnica
Elenco:
William Hurt
Isabella Rossellini
Doreen Mantle
Kate Ashfield
Aidan McArdle
Arta Dobroshi
Luke Treadaway
Leslie Phillips
Hugo Speer
Joanna Lumley
Simon Callow
Direção:
Julie Gavras
Produção:
Bertrand Faivre
Sylvie Pialat
Fotografia:
Nathalie Durand
Trilha Sonora:
Sodi Marciszewer