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Neste filme cheirando a “já vi isso antes”, Nicole Kidman (de “Os Outros”, que não emplacou uma certa depois desse) é uma intérprete das Nações Unidas, Silvia, que, sem querer, escuta um plano de assassinato de um líder africano. Então ela é investigada pelo detetive Keller (Sean Penn, de “Sobre Meninos e Lobos”, ótimo), que não sabe se acredita em tudo o que ela fala.
O filme começa no estilo “pessoa errada no lugar errado”, mas depois passa para o “embaralhado de informações para confundir o espectador”. Acaba não fazendo nenhum de seus propósitos. E Kidman, apesar de estar muito mais linda do que em seus últimos filmes, tem uma atuação sofrível, ao contrário de Penn, que pena, mas consegue dar dignidade ao seu personagem.
A trama tem seus bons momentos, mas esbarra numa absurda incoerência: tal qual as novelas sem sentido da Globo: a protagonista faz questão de esconder algo e em nenhum momento é pressionada pelos agentes! O óbvio seria que ela ficasse presa até confessar tudo! E quem observa o filme com um pouco mais de atenção perceberá que a tal conversa que deu ensejo a toda trama é completamente sem sentido, dada a verdadeira intenção dos tais vilões. Portanto, isso foi um artifício medíocre do roteiro que no fim é descartado de forma vergonhosa. E pior, com um pouquinho mais de atenção é muito fácil descobrir o que está acontecendo.
O finado Pollack, diretor de clássicos como “Tootsie” e “3 Dias do Condor”, escorrega a mão justo na única produção que a ONU permitiu que fosse filmada dentro de suas instalações. Infelizmente, a mensagem de paz é ofuscada por tantos furos. E nem são de balas.
[rating:2]
Ficha Técnica
Elenco:
Nicole Kidman
Sean Penn
Catherine Keener
Direção:
Sydney Pollack
Produção:
Tim Bevan
Eric Fellner
Kevin Misher
Fotografia:
Darius Khondji
Trilha Sonora:
James Newton Howard