https://www.youtube.com/watch?v=Lh_m1h0QAGs
É isso que acontece quando tentam imitar o Woody Allen: fazem um filme do Woody Allen ruim, tipo “Scoop: O Grande Furo” ou “Você Vai Conhecer o Homem de Seus Sonhos”.
Nesse quase plágio, Jason Bateman (“Sete Dias Sem Fim”) é uma espécie de alter ego de Allen, um homem de meia idade milionário mimado, pretencioso e arrogante que quando seus pais se separam, cortam sua mesada, expulsam-no de casa e ele fica quebrado. Daí ele vai morar com seu melhor amigo, Dylan (Billy Crudup de “Spolight: Segredos Revelados”) que começando a sair com Beatrice (Olivia Wilde de “Terceira Pessoa”). Conrad (Bateman) se interessa por Beatrice e trapaceia para tê-la só pra ele, mesmo sem ter onde cair morto.
Se a narração de Allen já era um pouco over em “Café Society”, esta é ainda mais óbvia e desnecessária na maior parte do tempo. A fotografia pseudo cool de Ben Kutchins (“Porque Parar Agora?”) é irregular, tentando imitar vários estilos diferentes e com iluminações que não casam nas transições de cena (reparem em cenas de iluminação com sol se pondo com suas transições).
Existem sim alguns diálogos impagáveis, até porque o talento de Bateman e Crudup são inegáveis, como na sequência em que Dylan pede a Conrad que não dê em cima de Beatrice. Só que o roteiro não ajuda e faz constantes mudanças no ímpeto dos personagens. A última e mais drástica chega a ser vítima de uma piada que seus próprios realizadores fazem quando próximo ao fim, um personagem pergunta pro outro se a mudança que ele disse ter tido não era por demais forçada.
“Uma Semana a Três” é esquecível instantaneamente. Não machuca. Não engrandece. Não faz nada.
Ficha Técnica
Elenco:
Jason Bateman
Olivia Wilde
Billy Crudup
Tony Roberts
Laura Clery
William Abadie
Stephen Temperly
Alexandra Neil
Seamus Davey-Fitzpatrick
Barry Primus
Direção:
Peter Glanz
Produção:
Neda Armian
Uday Chopra
Fotografia:
Ben Kutchins
Trilha Sonora:
Jay Israelson