Transformers: O Início (“Transformers One”)

Queria ter um daqueles aparelhos usados pelos Homens de Preto para apagar a minha memória de toda a franquia catastrófica de “Transformers” dirigida pelo Michael Bay e começar do zero com essa animação. Só a mudança de Bay para Josh Cooley do ótimo “Toy Story 4” já é um sopro de ar fresco para os fãs.

Segundo que o roteiro conta justamente a história que nunca foi esclarecida nessa magnitude sobre como surgiu Optimus Prime e Megatron, como se tornaram inimigos e como esses eventos em seu planeta natal Cybertron vão culminar com a vinda deles para a Terra.

Como podem ver no trailer, antes ambos eram amigos, Optimus se chamava Orion Pax (curiosamente as mesmas iniciais de Optimus Prime) e Megatron se chamava D-16, que trabalhavam como mineiros para colher um material raro que era a força motriz do planeta antes de uma violenta guerra com alienígenas. Até que eles descobrem um raro artefato que pode devolver essa energia e tornar o planeta fértil novamente, mas terão que enfrentar uma conspiração que desconheciam.

Apesar do roteiro em si ter uma série de lugares comuns, incluindo a tal conspiração (quem viu “Wish – O Poder dos Desejos” vai entender) e a jornada de amizade que vai separar a dupla de protagonistas, ele é muito bem desenvolvido e se encaixa perfeitamente à história dos Transformers, amarrando as pontas e chegando a prever os eventos futuros para minimizar artifícios narrativos desnecessários.

Propositalmente é uma história feita para a família ao invés de um desenho par adultos, então é bom não irem esperando nenhum grau de violência exacerbada, mas sim muita ação e bom humor, mais do que o próprio drama no terceiro ato, que chega equilibrado, mas sem a carga emocional que talvez pudesse dar uma intensidade maior no clímax. Inclusive acertam bastante nas piadas, principalmente com o Bumblebee, que aqui ainda se chama B-127 e ainda não perdeu a voz.

Transformers – O Início” é o novo começo que a franquia precisava e resta torcer para eles continuarem nessa pegada de animação com uma história inteligente e esquecer de uma vez por todas que passamos mais de 15 anos amargando aquela franquia horrível de filmes.

Curiosidades:

  • O nome do Megatron no início é D-16 por causa do boneco lançado pela companhia Takara antes mesmo de sua parceria com a Hasbro em 1983. A letra D significa Destron, que mais tarde se transformaria em Decepticons e o número 16 é que ele foi o 16º boneco a ser lançado pela empresa.
  • Primeira animação dos Transformers que vai para o cinema após 38 anos, depois de “Transformers – O Filme” de 1986.
  • A robô Elita chama os robôs das minas de Gobots de forma pejorativa. É uma referência a uma linha concorrente aos Transformers por uma empresa japonesa chamada Tonka.
  • Na cena em que Orion Pax e D-16 conversão é possível ver vários dos futuros Autobots, incluindo Sideswipe, Wheeljack, Ironhide e Hound.
  • O escudo de Megatron vem de Megatronus Prime que sempre foi considerado um grande vilão. Nessa nova animação, a história muda radicalmente nesse ponto, apesar do escudo dos Decepticons continuar o mesmo.

Ficha Técnica:

Elenco:
Chris Hemsworth
Brian Tyree Henry
Scarlett Johansson
Keegan-Michael Key
Steve Buscemi
Laurence Fishburne
Jon Hamm
Vanessa Liguori
Jon Bailey
Jason Konopisos-Alvarez
Evan Michael Lee
James Remar
Isaac C. Singleton Jr.
Steve Blum
Jinny Chung
Josh Cooley

Direção:
Josh Cooley

História e Roteiro:
Eric Pearson
Andrew Barrer
Gabriel Ferrari

Produção:
Michael Bay
Aaron Dem
Tom DeSanto
Lorenzo di Bonaventura
Don Murphy
Mark Vahradian

Fotografia:
Christopher Batty

Trilha Sonora:
Brian Tyler

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