Transformers: A Era da Extinção (“Transformers: Age of Extinction”)

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Como todos sabem, a trilogia dos Transformers dirigida pelo explosivo (no mal sentido) Michael Bay foi uma decepção narrativa e em alguns momentos, até mesmo questionando a habilidade de Bay como diretor.

Esta quarta parte, apesar de ainda ser uma continuação, “zeraria” a franquia, inclusive mudando todos os personagens, o que poderia significar um novo fôlego. Mas infelizmente com o roteiro de Ehren Kruger (responsável continuações antecessoras) e com o retorno de Bay à cadeira de direção, “A Era da Extinção” nada mais faz que afundar de vez a franquia.

Cinco anos depois de “O Lado Oculto da Lua”, os Autobots passam a ser perseguidos pelos humanos. Bastante danificado, Opimus Prime é achado pelo cientista caseiro Cade (Mark Wahlberg de “Sem Dor Sem Ganho” também dirigido por Bay) e acaba sendo envolvido numa conspiração que envolve tantas tramas paralelas e desconexas que nem os eternos 165 minutos de projeção são capazes de colocar o espectador na mesma página.

As loucuras do roteiro contradizem muito das outras sequencias, passando pela extinção dos dinossauros por causa dos transformers, uma reencarnação de Megatron, os criadores dos robôs e até uma réplica narrativa de Lancelot e os cavaleiros da távola redonda como desculpa para que os tão famosos Dinobots dos desenhos animados aparecem em carne e osso, ou melhor, em metal. Uma pausa para esclarecimento: praticamente todos as tramas citadas já apareceram em mangás, HQs e desenhos. O que estraga é a maneira com que os roteiristas misturaram, condensaram, compactaram e embalaram pra colocar no filme. Literalmente vira o samba do crioulo doido e nem o mais experiente fã deve entender.

Como se isso não bastasse, o diretor mais uma vez parece não estar nem um pouco preocupado em entregar algo consistente. Muitas das suas sequências desafiam o espaço tempo, como uma perseguição num milharam que em um corte passa para o centro da cidade, só para citar um exemplo. Pior são as maluquices escritas para o protagonista vivido por Wahlberg: tendo sua filha Tessa como seu maior tesouro (Nicola Peltz de “O Último Mestre do Ar”), ele não hesita em coloca-la nas maiores situações de risco que se possa imaginar, comprovando ser um dos piores pais do planeta.

Além disso cabe ressaltar que tanto Cade, quanto Tessa e seu namorado Shane (Jack Reynor de “De Repente Pai”) devem ter vindo de Krypton, planeta do Super Homem, pois eles sofrem acidentes de uma magnitude que deixaria uma ser humano normal em pedaços. Entretanto, eles saem completamente ilesos e em alguns casos, até a maquiagem de Tessa fica intacta.

Transformers – A Era da Extinção” talvez seja o filme que mais maltratou tanto uma franquia tão icônica quanto esta e leva qualquer chance de recuperação para o bueiro. Não deixa de ser ele próprio um Transformer: transforma os robôs de brinquedo mais charmosos dos desenhos animados em puro lixo.

Ficha Técnica

Elenco:
Mark Wahlberg
Stanley Tucci
Kelsey Grammer
Nicola Peltz
Jack Reynor
Titus Welliver
Sophia Myles
Bingbing Li
T.J. Miller
James Bachman
Thomas Lennon
Charles Parnell

Vozes:
Peter Cullen
Frank Welker
John Goodman
Ken Watanabe
Robert Foxworth
John DiMaggio
Mark Ryan
Reno Wilson

Direção:
Michael Bay

Produção:
Ian Bryce
Tom DeSanto
Lorenzo di Bonaventura
Don Murphy

Fotografia:
Amir Mokri

Trilha Sonora:
Steve Jablonsky

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