“Thunderbolts” é o melhor filme da Marvel desde o último “Homem-Aranha” com uma enorme diferença: enquanto a produção do cabeça de teia foi um enorme (e delicioso) fan service e o resto era resto, “Thuderbolts” se sustenta só com a sua história e não há nenhuma muleta de grandes personagens do MCU aparecendo para agradar, além de ter uma das mensagens mais relevantes do momento atual.
Os vilões e anti-heróis dos filmes e séries anteriores, Yelena, Treinadora, Fantasma e Soldado Americano se encontram num complexo militar com a missão de matarem a si próprios dada pela maquiavélica Valentina. Quando percebem que estão sendo enganados, precisam sair de lá, descobrir os planos de Valentina e ainda encaixar uma peça: o misterioso Bob (Lewis Pullman de “A Hora do Vampiro”) que começa quase como um alívio cômico, mas se mostra um jovem depressivo, à beira do colapso.
Enquanto isso o Soldado Invernal começa a desconfiar das intenções de Valentina e o pai de Yelena, Guardião Vermelho, quer ajudar de qualquer jeito.
O diretor Jake Schreier de “Cidades de Papel” foi no âmago do problema de saúde mental com os elementos causadores de depressão, ansiedade e pânico e, basicamente, fez todo o filme girar em torno disso, sendo que o clímax chega na essência do problema e talvez tenha sido a única saída para que o nosso grupo de delinquentes favoritos pudesse enfrentar o “vilão” em quase um “Inception”.
Mas reduzir a produção a uma mensagem importante não faz jus ao senso de humor apurado e que funciona sempre e às ótimas cenas de ação, sem malabarismos apelativos. Inclusive a dinâmica entre os personagens é praticamente tão boa quanto a dos próprios Vingadores, sendo que a sacada é a eterna discussão de inferioridade por eles não terem nenhum poder (praticamente).
E sim, no filme o espectador fica sabendo por que do nome Thunderbolts.
Também sim, tem 2 cenas pós créditos.
Finalmente sim, a última cena pós-crédito é sensacional e ainda é parte incondicional da história.
“Thunderbolts” marca uma possível volta por cima da Marvel fechando sai fase 5 que infelizmente foi a pior de todas, mas que tenta colocar o trem nos trilhos e, se depender de nossos desqualificados heróis, tem tudo para se dar bem.
Curiosidades:
- Na cena em que o Soldado Americano vai destruir uma caixa de fusíveis, ele grita “À sua esquerda!” (“On your left!”) que era o que o Steve Rogers fazia quando passava na corrida com Sam Wilson (Falcão).
- Florence Pugh dispensou dublês e foi ela que salta do prédio que é o segundo maior do mundo, no início do filme, The Merdeka 118 em Kuala Lumpur, Malásia.
Ficha Técnica:
Elenco:
Florence Pugh
Sebastian Stan
Julia Louis-Dreyfus
Lewis Pullman
Robert Reynolds
David Harbour
Wyatt Russell
Hannah John-Kamen
Olga Kurylenko
Geraldine Viswanathan
Wendell Pierce
Chris Bauer
Direção:
Jake Schreier
História e Roteiro:
Eric Pearson
Joanna Calo
Produção:
Kevin Feige
Fotografia:
Andrew Droz Palermo
Trilha Sonora:
Son Lux
