Quando Deus desenhou Amber Heard, ele tava namorando. A loira é daquelas femme-fatales quase impossível de não se apaixonar. Mas o que Deus esqueceu de dar pra ela foi o dom da interpretação e das boas escolhas. Depois que trocou o agora ex namorado Johnny Depp por uma mulher bem feinha (diga-se de passagem), a gente começa a desconfiar dessas escolhas.
Mas falando de cinema, ela tentou, mas nunca emplacou nada que pudesse fazê-la decolar. Repetindo seu papel de predadora sexual ad eternum, ela consegue no máximo coadjuvante em produções razoáveis como “3 Dias Para Matar”. Em “Refrigerante” entretanto, ela chuta o balde, no mal sentido.
Tentando ser uma comédia, o filme traz o intragável Shiloh Fernandez (“A Morte do Demônio”) como Scat, um formando em marketing que tenta a sorte numa empresa trabalhando para Six (Heard) e tentando emplacar uma campanha publicitária matadora para divulgar um novo refrigerante, enquanto tenta conquistar sua chefe. No meio de tudo isso, sua narração em off tá conselhos cínicos e inúteis sobre supostas técnicas de marketing.
A dupla tem um nível de atuação tão ruim que às vezes parece que estamos vendo o making off e não o filme em si. Pouco ajuda as situações que combinam um absurdo que insulta até a inteligência de uma ameba com o insosso que elas representam. O diretor ainda quis dar um falso ritmo ao adicionar cenas patéticas onde os personagens explicam como funciona o mundo do advertisement (sic), mas a performance deles junto com o conteúdo não fazem o menor sentido.
“Refrigerante” é um filme tão tosco e tolo que usar o trocadilho de que ele já começa sem gás ainda é mais engraçado do que qualquer piada possa haver lá.
Ficha Técnica
Elenco:
Shiloh Fernandez
Amber Heard
Kellan Lutz
Kirstie Alley
Brittany Snow
Direção:
Aram Rappaport
Produção:
Cameron Lamb
Barrie M. Osborne
Susan A. Stover
Fotografia:
Julio Macat
Trilha Sonora:
Peter Bateman
Andrew Holtzman