Quarteto Fantástico: Primeiros Passos (“The Fantastic Four: First Steps”)

2025 se consolida como um dos melhores anos da Marvel pelo menos desde “Vingadores – Ultimato”: começou com o sucesso de uma história muito bem contada e com todas as referências que o MCU tem direito em “Thunderbolts” que se aproveitou até de personagens de produções medianas para coloca-los em outro patamar. Depois lança no streamin “Demolidor Renascido” que volta a ter o tom sério e violento que o fez ser aclamado na Netflix e agora novamente.

Para fechar com chave de ouro, “Quarteto Fantástico – Primeiros Passos” mostra que a Marvel sabe contar uma história do zero e com ZERO referências ao MCU. Aliás, é interessante que no mesmo mês tenha estreado o grande trunfo da nova DC, “Superman” de James Gunn e eles terem tanto em comum: em ambos tudo foi reformulado, inclusive a logomarca; o ambiente é muito mais colorido, aproximando-se mais das HQs; e não há espaço para histórias de origem.

Tal qual o Homem de Aço, a Marvel encontrou uma maneira bastante criativa que, de uma tacada, fala da origem com detalhes importantes os suficientes para até os neófitos entenderem; e ainda faz uma deliciosa homenagem a quem acompanhava os quadrinhos dos heróis mostrando uma série de arqui-inimigos, e tudo nos primeiros 10 minutos.

Olhando o elenco principal separadamente, fica difícil entender como foi feito o casting, mas a química é irrepreensível e reflete muito bem a essência dos personagens em quadrinhos sem apelar para o estereótipo fácil: o onipresente Pedro Pascal (“Gladiador II”) como o gênio que se cobra demais Reed Richard, Vanessa Kirby (“Napoleão”) como a mulher invisível Sue Storm, esposa de Reed, Joseph Quinn (também de “Gladiador II”) como Johnny, o tocha humana, irmão de Sue, que está equilibradíssimo no papel, e a interessante e acertada escolha de Ebon Moss-Bachrach (“Prenda a Respiração”) como Bem Grimm, o coisa.

Já bem estabelecidos em seu mundo, a Terra 828 num multiverso diferente do MCU, o quarteto deve enfrentar uma ameaça nunca antes imaginada que pode destruir o planeta: Galactus, o devorador de mundos (Ralph Ineson de “Nosferatu”).

Muito mais que um bate e volta de ação, o roteiro se esmera em dar uma complexidade à ameaça que se aproxima, com a ótima participação do arauto, Surfista Prateada (Julia Garner de “Lobisomen”), que também tem uma intrigante história.

O diretor Matt Shankman de “Assassinato por Encomenda” que já teve contato com a Marvel ao dirigir a ótima série “WandaVision”, acertou em praticamente todas as escolher e inteirações dentro da sua execução e tudo sem citar absolutamente nada do MCU. Desde o processo de raciocínio dos heróis até o desfecho, nada é forçado dentro do contexto, não havendo sequer uma forçada de barra (e olha que estamos falando de multiversos e criaturas espaciais).

Quarteto Fantástico – Primeiros Passos” faz o espectador viajar de volta aos quadrinhos mesmo que nunca tenham ido, numa deliciosa aventura que se sustenta sozinha e promete expandir de verdade os rumos do MCU.

E lógico: tem duas cenas pós-créditos, sendo a primeira realmente relevante.

Ficha Técnica:

Elenco:
Pedro Pascal
Vanessa Kirby
Ebon Moss-Bachrach
Joseph Quinn
Ralph Ineson
Julia Garner
Natasha Lyonne
Paul Walter Hauser
Sarah Niles
Mark Gatiss

Direção:
Matt Shakman

História e Roteiro:
Josh Friedman
Eric Pearson
Jeff Kaplan
Ian Springer
Kat Wood

Produção:
Kevin Feige

Fotografia:
Jess Hall

Trilha Sonora:
Michael Giacchino

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