Na década de 30, uma região remota dos EUA é assolada pela aridez e tempestades de areia. Nesse cenário, Sarah Paulson de “O Pintassilgo” é Margaret, mãe que cuida sozinha de 2 filhas pequenas enquanto seu marido está longe à trabalho.
Traumatizada com a morte da sua caçula anos antes, ela começa a desconfiar que uma força sinistra está no ar, consumindo a mente de quem o respira.
O filme começa bem, envergando para um terror psicológico, mostrando o quanto as condições precárias daquela comunidade conseguem afetar a mente de todos, uns mais que outros.
O problema é que, a partir do momento em que o espectador entende para onde o filme quer nos levar, sua previsibilidade fica muito à mostra, a ponto de nos anteciparmos às descobertas que os próprios personagens fazem, o que seriam plot twists se a gente já não soubesse.
Os roteiristas colocam algumas subtramas no meio para tentar confundir a verdadeira fonte do problema, mas já fica tarde e com o mínimo de atenção, todo mundo pega rápido e apenas espera o desenlace.
Quem segura todas as pontas do filme é a própria Sarah Paulson que, a duras penas, faz um personagem dramático crível dentro do contexto em que vive, sem trejeitos estereotipados ou afetações. Nos momentos mais óbvios, ela ainda consegue jogar a dúvida na cabeça do público e consegue levar a narrativa até o final sem que a produção afunde.
O clímax foge do lugar comum e se entrega de forma digna, mesmo com um desfecho logo após que explica pouco e parte para os créditos.
“Prenda a Respiração” começa prendendo a atenção, mas quando solta, só a protagonista para socorrer a história.
Ficha Técnica:
Elenco:
Sarah Paulson
Amiah Miller
Alona Jane Robbins
Annaleigh Ashford
Ebon Moss-Bachrach
Arron Shiver
Bill Heck
Frances Lee McCain
Courtney Cunningham
James Healy Jr.
Nathan Gariety
Direção:
Karrie Crouse
William Joines
História e Roteiro:
Karrie Crouse
Produção:
Lucas Joaquin
Alix Madigan
Fotografia:
Zoë White
Trilha Sonora:
Colin Stetson