Taí um terror esforçado que se dá bem com muito pouco. Os não muito conhecidos Johnathon Schaech (do recente “Vôo 7500”) e Pell James (“Fanboys”) são Alex e Penny um casal que se muda para uma mansão isolada logo após o nascimento seu bebê. Só que lá, tudo conspira para que eles não durmam. E a privação de sono começa a provocar estranhos efeitos, inclusive uma visagem de uma entidade que pode ou não ser real. Assim eles começam a temer pela sua sanidade e pela vida de seu filho recém-nascido.
É até uma surpresa que o diretor Paul Soter venha do famoso grupo de comédia americano Broken Lizzard (vejam “Beerfest”) para dirigir um filme de terror com uma garra tão grande. Ele e sua equipe e um budget mínimo se utilizam praticamente apenas de efeitos de edição para provocar sustos sem apelação e criar uma tensão crescente por conta da deterioração da sanidade do casal, onde o mistério fica por conta da natureza da tal entidade.
O esforço é tanto que até a falta de talento do elenco (que o diga Johnathon Schaech) só tem impacto no primeiro ato porque é quando ainda se introduz os personagens. Depois isso se dilui quando as situações mais intensas começam a se apresentar. Também é no primeiro ato o único e grande furo do roteiro, logo na primeira cena. Com o desfecho e o esclarecimento fica um pouco difícil de engolir (sem mais detalhes para não colocar SPOILERS). Lógico que a história apressa as coisas para que em pouquíssimo tempo a falta de sono tenha o efeito devastador mostrado, mas entende-se como um recurso para dar mais dinâmica à narrativa.
“Olheiras” explora o tema de sempre com uma abordagem original, contando com uma boa dose de tensão e uma história fluida. Pra gente não subestimar.
Ficha Técnica
Elenco:
Pell James
Johnathon Schaech
Andrea Frankle
Philippe Brenninkmeyer
Direção:
Paul Soter
Produção:
Alan Amiel
Bobby Ranghelov
Fotografia:
Brown Cooper
Yaron Levy
Trilha Sonora:
Bobby Tahouri
