Esse filme brasileiro não tem a mínima história, ou melhor, tem uma história que começa e termina nos últimos 15 minutos. Até lá, ele tenta se passar por arte e completa a cartela de bingo da diversidade quase como se tivesse assinado um contrato para tal.
A produção despeja um punhado de personagens que vivem num subúrbio, a maioria com vínculos superficiais entre si, cada um com sua história aleatória e contando com um elenco desconhecido provavelmente do Acre, sendo Chico Díaz (“Anjos do Sol”) que interpreta o traficante bonzinho Alê, o único mais conhecido.
Daí as cenas vão se revezando entre diálogos longos que tentam ser cult, personagens relevantes e irrelevantes que aparecem, somem ou ficam até o final, mas sem agregar nenhum valor, algumas cenas de batalha de rap (Oi? Sim, isso mesmo), e as cenas desconexas da cota de diversidade, como a que duas personagens, uma jovem mulher e uma mulher trans, conversam entre si um assunto que nada tem a ver com o filme e em minutos, somem da mesma forma que apareceram.
O clímax – que faz parte dos 15 minutos de história – é uma montagem ruim que mistura disco voador, ritual indígena, briga de gangue, vislumbre do pós vida e depois nada. O filme termina na mesma lombra que começa, deixando nenhuma marca ou sequer algum questionamento para refletir.
“Noites Alienígenas” é a arte da enganação enganando que é arte, sendo apenas 90 minutos de nada para dizer.
Ficha Técnica:
Elenco:
Chico Díaz
Adanilo
Chica Arara
Pastor Arnaldo Barros
Cláudio Júnior CJR
Wilkison da Costa
Gleici Damasceno
Francirley Silva de Araujo
Ivete de Souza
Damião Santos DKFX
Maya Dourado
Duace
Direção:
Sérgio de Carvalho
História e Roteiro:
Camilo Cavalcante
Rodolfo Minari
Sérgio de Carvalho
Produção:
Sérgio de Carvalho
Pedro von Krüger
Fotografia:
Pedro von Krüger
Trilha Sonora:
Bernardo Gebara