Massacre no Texas (“Leatherface”)

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Será que o mundo ainda precisa de mais um capítulo da icônica série “O Massacre da Serra Elétrica”? Em 1974 o filme que viria a se tornar uma franquia caça-níqueis tinha o mestre do terror Tobe Hooper na direção e foi disruptivo, dando uma nova dimensão ao terror e nos apresentando Leatherface, o personagem que iria ter seu lugar de destaque no gênero juntamente com Jason, Michael Myers, Freddy Krueger, Chucky e alguns outros. Teve uma ótima continuação em 1986 – também por Hooper – e depois, como muitas outras franquias, apenas passaram a capitalizar em cima de seu vilão favorito.

Ironicamente, em 2006, já haviam lançado a prequel “O Massacre da Serra Elétrica – O Início” e, agora, temos um início novamente, indo um pouco mais longe no passado e contando a história de Leatherface desde quando era pequeno até se transformar no psicopata que fazia picadinho de jovens incautos.

Quem presta atenção na narrativa vai perceber que a história poderia pertencer a qualquer filme, mas foi posteriormente adequada para a franquia. No hospital psiquiátrico onde o ainda adolescente Leatherface (com outro nome, aliás, sua identidade é o mistério) acaba fugindo com outros internos aparentemente mais perigosos do que ele, e são perseguidos pela polícia enquanto tocam o terror.

Há sim uma maquiagem e efeitos especiais decentes e a dupla de diretores franceses Alexandre Bustillo e Julien Maury (ambos do ótimo “A Invasora”) fazem o que podem para tornar a violência mais gráfica. Às vezes vai na medida, às vezes fica apelativo. E é o que eles têm à mão já que o roteiro é raso e a dinâmica entre os personagens é muito fraca. A própria personagem que chega mais perto da heroína, a enfermeira Lizzy (a novata e lindinha Vanessa Grasse) é tão sem graça que a gente torce pra ela morrer. Daí fica difícil segurar a trama, até porque todo mundo sabe como termina.

“Leatherface: O Início do Massacre” é desnecessário como parte da franquia (até inconsistente em retrospecto) e bem mediano, já que se apega a um fiapo de história. Só para os fãs da franquia ou com bastante boa vontade.

Curiosidades:

– A casa dos Sawyer foi reconstruída com a mesma planta do filme original de 1974.
– Único filme da franquia não filmado nos EUA. Apesar de parecer bastante com o Texas (onde é ambientado a história), ele foi filmado na Bulgária por motivos de budget e incentivos fiscais.
– O diretor do filme original, Tobe Hooper é o produtor executivo desta produção. Foi sua última participação no cinema antes da sua morte.
– O xerife Hartman é pai do personagem Burt Hartman que aparece em “O Massacre da Serra Elétrica 3D – A Lenda ContinuaFicha Técnica