Jurassic World Domínio (“Jurassic World: Dominion”)

Com a modinha do fan service no cinema, instaurada pela Marvel, nada mais obrigatório que outras franquias de sucesso aderirem.

No caso de “Jurassic World” é justamente pegar os personagens principais da franquia mãe “Jurassic Park” e fazer uma trama onde todo mundo se encontra.

Funcionou? Sim, com ressalvas.

Voltamos a esse universo no momento em que os dinossauros de todas a cores, formas e tamanhos se espalham pelo mundo e acabam forçando uma convivência com a humanidade. Por incrível que pareça a trama principal, ou melhor, as duas tramas principais, não tem nada a ver com isso, o que já demonstra um artifício para driblar a expectativa do público, para melhor ou para pior.

Cada trama movimenta um núcleo da franquia diferente. A primeira, sobre gafanhotos geneticamente modificados pela misteriosa empresa Byosin para controlar a demanda de comida mundial é a engrenagem que movimenta o núcleo antigo, marcando a volta de Sam Neill, Laura Dern e Jeff Goldblum, respectivamente como os doutores Ellie, Alan e Ian. Eles começam a investigar a acabam parando no santuário de dinossauros construído por essa empresa e seu dono, Lewis Dogson, interpretado por Campbell Scott (“O Espetacular Homem-Aranha”) como uma espécie de Steve Jobs do mal.

A segunda trama envolve a menina Maisie Lockwood (Isabella Sermon), introduzida no filme anterior como a clone de sua mãe que é filha do criador do primeiro Parque dos Dinossauros, trama esta pouquíssimo explorada na época, que está na mira da mesma Biosyn que quer estudar seus genes para fins farmacêuticos. Depois que a sequestram, Owen e Claire (Chris Pratt e Bryce Dallas Howard respectivamente) vão ao seu encalço.

E onde todo mundo se encontra? Obviamente na Biosyn, que como santuário dos dinossauros, nada mais é que um Parque dos Dinossauros da vez.

Talvez o mais interessante é que a produção se divide em duas partes: a primeira fora da Byosin onde os personagens das duas franquias ainda não se encontraram e prima por uma série de cenas de ação muito bem feitas e explorando mais um pouco os desdobramentos dos dinossauros pelo mundo com pitadas de “Indiana Jones”.

Já na segunda parte, temos uma reprodução de tudo o que já vimos nas outras franquias com todo mundo preso no santuário tendo que sobreviver aos dinossauros. Inclusive alguns desfechos, como do vilão, são quase idênticos ao que aconteceu nos filmes anteriores.

Na falta de surpresas e originalidade, entre o fan servisse, principalmente para quem viu todos os filmes da série, ou melhor para quem viu o primeiro e o segundo de 1993 e 1997 respectivamente. Para citar alguns exemplos: a cena onde Ellie tira os óculos para ver o dinossauro ou a cena em que Alan perde o chapéu e tenta recuperá-lo que são praticamente cópias do que aconteceu em “Parque dos Dinossauros”; ou a cena em que Ian abotoa a sua camisa numa piada interna com o fato de que no original, era moda andar com o peito a mostra e ele, como cientista playboy fazia isso. E claro, os enfoques propositais nos personagens em suas versões antigas e novas – Alan / Owen e Ellie / Claire – dão uma chama a mais para os fãs da franquia.

Jurassic World: Domínio” funciona muito mais como fan service do que como filme, mas que na composição ainda conta com um resultado bem positivo, principalmente com ótimas cenas de ação, mesmo que na segunda parte recaia um pouco na mesmice.

Ficha Técnica

Elenco:
Chris Pratt
Bryce Dallas Howard
Laura Dern
Sam Neill
Jeff Goldblum
DeWanda Wise
Mamoudou Athie
Isabella Sermon
Campbell Scott
BD Wong
Omar Sy
Justice Smith
Daniella Pineda
Scott Haze
Dichen Lachman
Kristoffer Polaha
Caleb Hearon
Freya Parker
Alexander Owen
Ahir Shah
Elva Trill
Teresa Cendon-Garcia
Manuela Mora
Bastian Antonio
Jasmine Chiu
Varada Sethu
Ben Ashenden
Enzo Squillino Jr.
Glynis Davies
Mo Brings Plenty
Emilie Jumeaux
Aisling Sharkey
Joel Elferink

Direção:
Colin Trevorrow

Produção:
Patrick Crowley
Frank Marshall

Fotografia:
John Schwartzman

Trilha Sonora:
Michael Giacchino

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