Infestação (“Vermines”)

Uma aranha selvagem é capturada e levada para um condomínio de um bairro pobre em Paris. Ela escapa e em poucas horas milhares de aranhas gigantes estão matando os moradores do prédio. E essa é a parte mais fácil de se acreditar.

O diretor francês Sébastien Vanicek optou por uma dinâmica caótica desde o primeiro minuto de filme. Tirando a introdução, quase toda a história se passa dentro dos apartamentos do condomínio e focada num grupo de jovens que tem duas características: não param de falar e gritar uns com os outros como se estivessem usando algum tipo de droga, e são completos retardados suicidas.

Quando a primeira característica, em muitos momentos, ninguém se entende – mesmo antes das aranhas mostrarem a que vieram – e muito menos o espectador os entendem, como se falas altas vindas de todos os personagens ao mesmo tempo e entrecortadas representassem algum tipo de dinâmica para não deixar o filme parado.

Mais do que ensurdecedor, é muito chato, com todos os personagens, inclusive o protagonista Kaleb (o novato Théo Christine), afetados e insuportáveis. Uma cena emblemática sobre o que acabamos de citar é a do banheiro (e reparem que nesta cena, é só uma aranha).

Entretanto, a segunda peculiaridade é ainda pior: todos eles pertencem aquela classe comum em filmes de terror que tomam decisões com um único neurônio catatônico que sempre piora a situação ao invés de melhorar.

Chega a ser revoltante como eles fazem tudo o que ninguém em juízo razoavelmente funcional faria numa situação daquelas. Muitas das vezes eles simplesmente ficam gritando parados, como bebês que acordam de madrugada chorando para tirar a paz de seus pais, enquanto as aranhas feitas por computador (e muitas vezes fica óbvio o uso de CGI de segunda) pintam e bordam como se todos estivessem letárgicos.

Ainda há a subtrama absurda da polícia que “fechou” o prédio com todo mundo dentro, não deixando ninguém sair. O desfecho constata que os roteiristas pensam que seu público é tão idiota quanto seus personagens.

Nunca a torci tanto para as aranhas de mentira matarem todo mundo logo quanto nesse filme. Basta por 2 neurônios para funcionar e passar longe dessa bomba.

Ficha Técnica:

Elenco:
Théo Christine
Sofia Lesaffre
Jérôme Niel
Lisa Nyarko
Finnegan Oldfield
Marie-Philomène Nga
Mahamadou Sangaré

Direção:
Sébastien Vanicek

História e Roteiro:
Florent Bernard
Sébastien Vanicek

Produção:
Harry Tordjman

Fotografia:
Alexandre Jamin

Trilha Sonora:
Xavier Caux
Douglas Cavanna

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