Gaia

Era para ser uma espécie de “Hereditário” na floresta, mas que em algum ponto perdeu o rumo e se tornou apenas bonzinho.

Formado por um pequeno elenco desconhecido, Gabi (Monique Rockman) é uma pesquisadora que se perde na selva com seu ajudante, mas é amparada por uma dupla misteriosa que há muito vive na floresta. O que ela não sabe (mas eles sabem) é que há uma imensa força sobrenatural atuando no local e transformando pessoas em parte da própria natureza. Gaia é o nome da deusa da Terra e por isso é usada como título para destacar a suposta entidade.

O diretor capricha no constante clima de tensão, seja entre a protagonista e o pai e filho que cuidam dela e estabelecem uma dinâmica peculiar de amo, ódio e obsessão, seja na própria atuação da entidade maligna (?) em torno dos personagens.

Ambas as linhas dramáticas, hora seguem em paralelo e hora se entrelaçam, tendo algumas vantagens e desvantagens. Duas desvantagens se destacam: o preâmbulo para o primeiro ato é falho e infantil, ao mesmo tempo em que o desenvolvimento pouco evolui para revelar o mecanismo ou até mesmo as motivações da tal entidade, limitando-se a alguns bons efeitos especiais sem necessariamente agregarem à narrativa e uma boa dose de tensão entre os personagens, mas que às vezes se estende em demasiado, provocando certa morosidade no ritmo.

O final foge do lugar comum, mas ainda assim, deixa parte do desenrolar no ar.

Gaia” tem mais tempo em tela do que conteúdo, mas sabe produzir um bom suspense para prender o espectador até certo ponto.

Curiosidade:

– Os sets externos foram numa ilha povoada por macacos e em dado momento a equipe de filmagens teve que brigar com os bichos que queriam levar as lentes das câmeras.
– O clímax foi filmado num terreno tão escorregadio que a equipe caía a toda hora e algumas vezes quebrando equipamentos.

Ficha Técnica

Elenco:
Monique Rockman
Carel Nel
Alex van Dyk
Anthony Oseyemi

Direção:
Jaco Bouwer

Produção:
Jaco Bouwer
Tertius Kapp
Jorrie van der Walt

Fotografia:
Jorrie van der Walt

Trilha Sonora:
Pierre-Henri Wicomb

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