Feios (“Uglies”)

Imagina que alguém escreveu uma série de livros (de Scott Westerfield) sobre um futuro alternativo onde se descobriu que para alcançar a paz e harmonia mundial, as pessoas precisavam apenas serem… BONITAS.

Agora imagina que alguém pegou essa série e transformou num filme. Esse alguém se chama Netflix que de alguma forma desconhecida, achou que seria uma ótima idéia e contratou o mercenário McG, que já trabalhou para eles na “A Babá”, para dar uma cara legal ao prelúdio dessa tragédia. Tudo sai como esperado para quem tem mais de dois neurônios e o filme é um conjunto de clichês de quinta categoria nessa trama impossível de engolir.

Joey King de “Trem Bala” disse que é fã do livro e aceitou na hora fazer a protagonista Tally, que, como todos os habitantes desse futuro, ao completar 16 anos passa por uma cirurgia de embelezamento (tipo uma harmonização de corpo e alma) e assim tem direito a viver na cidade, desfrutando da paz e glamour.

Isso até que ela conhece um grupo de rebeldes que se autodenominam “A Fumaça” que pretendem mostrar para ela que tudo não passa de um complô da governante da cidade para dominar seus habitantes.

A história do porque o embelezamento seria a solução para todos os problemas da humanidade, que passa por uma certa flor que faz alguma coisa que até agora não entendi, e do porque tudo é uma enganação, é de um absurdo poucas vezes visto num roteiro.

Ele não faz a mínima questão de esconder a imbecilidade da trama, e ainda insere todo tipo de artifício do gênero – as traições manjadas, um triângulo amoroso, entre outras – que são previsíveis e repetitivos.

A governante interpretada por Laverne Cox (“Jolt”) acaba sendo uma ironia, pois a atriz claramente passou por inúmeros procedimentos e harmonizações que se nota que sua boca tem uma pequena paralisia lateral, o que contradiz toda a noção da tal perfeição buscada.

O espectador ainda tem que tolerar os diversos erros crassos de direção, desde manobras que desafiam as leis da física no estilo de “Velozes e Furiosos”, momentos românticos chatíssimos inspirados em “Crepúsculo” e até mesmo erros de continuidade como por exemplo quando um determinado personagem pega fogo e logo depois aparece sem nenhum arranhão.

Não querendo ser preconceituoso, a melhor coisa a se fazer e fugir de “Feios” (sem trocadilhos).

Ficha Técnica:

Elenco:
Joey King
Brianne Tju
Keith Powers
Chase Stokes
Laverne Cox
Charmin Lee
Jay DeVon Johnson
Jan Luis Castellanos
Sarah Vattano
Ashton Essex Bright

Direção:
McG

História e Roteiro:
Jacob Forman
Vanessa Taylor
Whit Anderson

Produção:
John Davis
Jordan Davis
Robyn Meisinger
Dan Spilo
Mary Viola

Fotografia:
Xiaolong Liu

Trilha Sonora:
Edward Shearmur

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