Não tem jeito: a Pixar sabe muito bem como arrebatar nossos corações. Por outro lado, também sabemos muito bem as fórmulas que eles usam… de tanto que eles usam, mudando apenas cenário, contexto e natureza dos personagens. Claro que não diminui a qualidade de suas animações.

Aqui conhecemos Elio, um nerd que perdeu seus pais cedo e mora com a tia. Ele tem uma fixação por alienígenas e seu sonho é ser abduzido. Até que ele é, causando uma série de confusões no espaço e na Terra.

O tema família como sempre é bem explorado inclusive nas duas vertentes, a de Elio e a de seu amiguinho interplanetário Glordon e é interessante que a questão de solidão versus pertencimento é explorada em ambos, mas com abordagens diferentes, até porque as diferenças entre as duas “famílias” são tão relevantes quanto às semelhanças.

O desenho do novo universo que Elio descobre é deslumbrante com todos os detalhes que só (mas não só) a equipe da Pixar sabe fazer, principalmente com características físicas e químicas consistentes. A grande sacada do roteiro é o desfecho, pois ele não só consegue amarrar todas as pontas, como também resolver tudo de forma satisfatória para todos os personagens sem nenhum conflito.

O compositor Rob Simonsen de “Ladrões” consegue dar aquela emocionada com suas notas, dando espaço para aquele bom humor sempre bem-vindo e que nunca rouba a cena.

Elio” é mais uma das animações da Pixar que deixa o espectador com o coração quentinho, mesmo usando as artimanhas de sempre. E quem se importa?

Curiosidades:

  • Há um cena em que um personagem derrete e ele faz o mesmo gesto com o polegar que fez Arnold Schwarzenegger no final de “O Exterminador do Futuro 2”.
  • Há um poster em cima da cama de Elio com o número 42. É uma referência de “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, já que 42 é a resposta de pergunta definitiva da vida, do universo e de tudo.
  • Quando Elio pergunta sobre um símbolo de paz e conexão o que ele vê é o símbolo dos vulcanos de “Star Trek”.
  • A camisa do Sr. Melmac contém a fórmula de Drake (o cientista, não o cantor) que calcula o número de galáxias no universo.
  • Aliás, Melmac é o nome do planeta de Alf, o ETeimoso.
  • Na mochila de Elio tem uma fita escrita Area 113 que é o A113, a referência universal da Pixar.
  • A assembleia do Comuniverso foi feita baseada na assembleia do Senado de “Star Wars”.
  • Há uma cena onde pessoas de vários países falam no rádio de ondas curtas. Uma delas diz “Giulia da Itália”. É a personagem de “Luca” de 2021.

Ficha Técnica:

Elenco:
Yonas Kibreab
Zoe Saldaña
Remy Edgerly
Brandon Moon
Brad Garrett
Jameela Jamil
Young Dylan
Matthias Schweighöfer
Ana de la Reguera
Atsuko Okatsuka
Shirley Henderson
Naomi Watanabe
Brendan Hunt
Anissa Borrego

Direção:
Adrian Molina
Madeline Sharafian
Domee Shi

História e Roteiro:
Mark Hammer
Mike Jones
Adrian Molina
Madeline Sharafian
Domee Shi
Julia Cho
Jesse Andrews
Hannah Friedman

Produção:
Mary Alice Drumm

Fotografia:
Jordan Rempel
Derek Williams

Trilha Sonora:
Steve Bloom
Anna Wolitzky

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