Códigos de Defesa (“The Numbers Station”)

https://www.youtube.com/watch?v=HclhscnZwZc

Emerson (John Cusack de “Sangue no Gelo”) é um assassino frio que num surto de piedade quase compromete uma missão. Então é assinalado para tomar conta de uma estação secreta que envia códigos traduzidos pela inteligente Katherine (Malin Akerman de “Catch. 44”) para que outros agentes executem as ordens. Quando a estação é comprometida por inimigos, Emerson deve defende-la, mas se encontra no seguinte dilema: a regra diz que a primeira coisa a fazer em caso de ataque é eliminar a tradutora.

O filme consegue ser eficaz no estilo minimalista a que se propõe, promovendo um suspense razoável ao recriar o que acontece antes da chegada da dupla de protagonistas, fazendo com que eles (e o espectador por tabela) juntem as peças para descobrir o que houve e uma possível forma de deter os bandidos. Não que a conspiração em si seja algo tão complexo: pelo contrário, chega a ser um pouco primária e não se explica por completo, o qual leva ao público apenas a conjecturar sobre alguns aspectos fundamentais, por exemplo, sobre como conseguiram o código de entrada ou ainda que raio de cérebro que permitiu Katherine a descobrir a tal senha de um computador em tão pouco tempo.

Aliás Malin Akerman parece ter esquecido que não estava numa comédia e exibe uma persona quase cômica que, mesmo com o objetivo de ser o contraponto de Emerson, não consegue a sintonia ideal. O roteiro também explora um tema interessante que é o da ética do governo americano comparada à ética de qualquer outro grupo terrorista, o que se denota no início e no diálogo entre o protagonista e um vilão, porém se dilui no resto da narrativa e pouco sobre para reflexão.

Códigos de Defesa” fica no razoável como mais um manufaturado americano com uma embalagem de ação aceitável.

Ficha Técnica

Elenco:
John Cusack
Malin Akerman
Liam Cunningham
Richard Brake
Bryan Dick
Lucy Griffiths
Joey Ansah

Direção:
Kasper Barfoed

Produção:
Bryan Furst
Sean Furst
Nigel Thomas

Fotografia:
Óttar Guðnason

Trilha Sonora:
Paul Leonard-Morgan

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