Depois os realizadores de filmes B não podem reclamar das críticas negativas. Este é um case onde eles falham principalmente no aspecto em que não se gasta um tostão (tecnicamente), que é o roteiro.
Vejam só: há a heroína, ex-CIA e mercenária Banshee (Jaime King de “Escola de Espiões”) e seu arqui-inimigo, o vilão mercenário Anthony (Tommy Flanagan de “Corrida Selvagem”), o qual quer matar Caleb (Antonio Banderas de “Perdido na Fama”), ex-CIA e desaparecido há 5 anos desde um incidente que matou o pai de Banshee, do qual foi colega. Ninguém sabe o paradeiro de Caleb, então bastava deixar como está, certo?
Errado, pois Banshee foi atrás de Caleb para que ele se protegesse de Anthony. Só que Anthony só acha Caleb porque Banshee foi atrás dele. Entenderam como a trama não faz o menor sentido?
Ainda existe a subtrama do pai de Banshee que até o fim do filme evapora (a trama e o pai), além de uma mania entediante do diretor Jon Keeyes do também péssimo “O Sobrevivente” de colocar um flashback a cada 5 minutos como se o espectador fosse retardado e precisasse de explicações sobre algo que no final não dá em nada.
Por incrível que pareça o primeiro ato até funciona bem com boas cenas de ação e violência sem precisar pensar muito, mas daí em diante é apenas um grande insulto à inteligência do público e sequencias que conseguem ser menos ágeis e mais contidas que as do início, como se a produção fosse perdendo sua força gradativamente, já que não tem uma história segura para contar.
“Codenome: Banshee” erra em quase tudo e é uma total perda de tempo até para os fãs de Antonio Banderas. Ele que pague o aluguel com filmes melhores.
Ficha Técnica:
Elenco:
Jaime King
Tommy Flanagan
Antonio Banderas
Catherine Davis
Kim DeLonghi
Levon Panek
Rose Lane Sanfilippo
Keil Oakley Zepernick
Aleksander Vayshelboym
Dylan Flashner
Marinko Radakovic
Wayne Pyle
John Wollman
Direção:
Jon Keeyes
Produção:
Jordan Beckerman
Jon Keeyes
Shaun Sanghani
Roteiro:
Matthew Rogers
Fotografia:
Austin F. Schmidt
Trilha Sonora:
R.J. Cooper
