Ash – Planeta Parasita (“Ash”)

Não adianta ter uma boa premissa, se a finalização é cheia de furos.

Nessa ficção científica declaradamente B, a lindona Eiza González de “Guerra Sem Regras” é Riya que acorda desmemoriada numa estação espacial num planeta desconhecido e descobre que toda sua equipe foi morta violentamente.

Ferida e com dificuldades, ela tenta entender o que houve quando descobre outro sobrevivente, Brion (Aaron Paul de “Dual”), e juntos tentam escapar de lá, mas sem necessariamente confiarem um no outro.

O diretor Flying Lotus de “Sonhos Imperiais” – que inclusive também interpreta um dos membros da equipe espacial – tentou dar uma pegada mais abstrata e subjetiva e daí já se percebe que ele quis esticar uma narrativa que beirou o mínimo de 95 minutos, um mal sinal que cansa o espectador.

O suspense se baseia nos flashbacks de memória que a protagonista tem, tentando montar o quebra-cabeças, até que com bons efeitos especiais (o da luta final é ótimo e meio que engraçado e lembra o clássico de John Carpenter “O Enigma do Outro Mundo”).

É justamente no desfecho que a história se desfaz: apesar da boa reviravolta, nada do que acontece depois dela faz muito sentido. Para tentar colocar uma surpresa atrás da outra, os roteiristas começaram a inventar elementos que não existiam na narrativa e que seria crucial uma explicação antes, mas nem se deram ao trabalho.

O espectador já cansado com um ritmo oscilante, fragmentado e com mais delírios do que fatos, ainda teve que engolir uma carga de artifícios narrativos que vão do nada a lugar nenhum. Até mesmo a questão da nave de escape ou do timing de alinhamento dos planetas e o satélite que tem mais buracos que o próprio planeta.

Ash” tem algo de bom que decidiram colocar num nível secundário para encher a história com lixo. Só a beleza de Eiza González e alguns efeitos especiais que salvam alguma coisa.

Técnica:

Elenco:
Eiza González
Aaron Paul
Iko Uwais
Kate Elliott
Beulah Koale
Flying Lotus

Direção:
Flying Lotus

História e Roteiro:
Jonni Remmler

Produção:
Nate Bolotin
Matthew Metcalfe

Fotografia:
Richard Bluck

Trilha Sonora:
Flying Lotus

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