Juno Temple de “Palmer” e Julia Garner de “A Assistente” são respectivamente Iris e Catherine, duas jovens que tentam lidar, cada uma do seu jeito, com a perda traumática de uma amiga num acidente de carro provocado pela própria negligência em uma pequena cidade dos EUA.
O drama segue um padrão básico do gênero de apresentar as personagens e mostrar até onde no fundo do poço elas podem chegar para que se edifiquem posteriormente, enquanto pequenos flashbacks no meio do caminho mostram o que aconteceu no fatídico evento.
Tudo se desenrola de maneira previsível, ainda assim com o pé no chão, incluindo clichês que perfeitamente poderiam acontecer. Mesmo o desfecho subjetivo parece estar dentro da cartilha dramática de Hollywood para esse tipo de produção que costuma povoar os festivais de cinema independente (este aliás, estrou no Festival Tribeca – patrocinado por Robert De Niro – em 2017).
O diferencial aqui está na atuação, isto é, fazer com que todos esses lugares comuns de um drama possam ser absorvidos sem que haja uma forçada de barra, fazendo com que o filme não recaia na vala comum. É aí que entra as boas performances de Templo, Garner e de Alessandro Nivola (visto recentemente em “Amsterdam”) como o professor casado com quem íris tem um caso. Todos muito honestos em suas atuações, com destaque para Garner que demonstra uma maior fragilidade e tem a melhor presença em cena, apesar de passar menos tempo em tela.
“Almas Secas” é aquele tipo de drama esquecível, mas que não erra em ser mais pretencioso do que entrega e resulta numa experiência no mínimo agradável.
Ficha Técnica:
Elenco:
Juno Temple
Julia Garner
Olivia Luccardi
Alessandro Nivola
Maggie Siff
Mamoudou Athie
Philip Ettinger
Reynaldo Piniella
Liz Larsen
Jack DiFalco
Direção:
Liz W. Garcia
Roteiro:
Liz W. Garcia
Produção:
Liz W. Garcia
Joshua Harto
Isaac Lefevre
Red Sanders
Fotografia:
Andreas Burgess
Trilha Sonora:
Nathan Halpern
