A Saga Crepúsculo: Lua Nova (“The Twilight Saga: New Moon”, EUA, 2009) ***NOS CINEMAS***

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O capítulo posterior a “Crepúsculo” consolidou uma ótica na visão de Stephanie Meyer sobre as fantasias de monstros. Não tem jeito: os vampiros brilham como purpurina a luz do sol ao invés de morrerem carbonizados, não tem lá tanta sede de sangue humano (só alguns) e por mais pálidos e esquisitos que sejam, passam mais despercebidos pelas outras pessoas do que o Clark Kent tirando os óculos apenas e virando o Super-Homem. E mais: os lobisomens funcionam que nem o Incrível Hulk, transformando-se quando querem ou quando ficam nervosos.

Assim, os livros e, por conseqüência, o filme, extrapolam todos os conceitos dessas duas figuras míticas tornando-os praticamente emos. Quem acha isso um sacrilégio e já não gostou do primeiro, podem passar longe de Bella (Kristen Stewart), Edward (Robert Pattinson) e Jacob (Taylor Lautner) no cinema. Mas vamos nos concentrar em quem engole tudo isso e prefere se concentrar no triângulo amoroso teen prestes a ser formado.

Depois de um incidente onde um dos membros da família Cullen tenta morder Bella e ela acaba se machucando, Edward decide ir embora pra sempre levando a família junto. Nesse meio tempo, a garota enxaqueca entra em depressão, cometendo alguns atos irresponsáveis (onde o roteiro força uma barra, só pra variar) e se aproxima de Jacob aos poucos criando uma amizade com o Mogli – O Menino Lobo (desculpe o trocadilho). Depois de ter a visão de que Bella morera, Edward – ainda mais afetado que ela – decide se matar, entregando seu corpo para um clã de vampiros na Itália chefiado por Aro (Michael Sheen que já foi lobisomem em “Anjos da Noite – A Rebelião“).

Sem dúvida, “Lua Nova” é melhor que “Crepúsculo“. Há mais cenas de ação, melhores efeitos especiais e a trama sai daquela esfera intimista e, mesmo conservando alguns dos elementos quase intragáveis de Malhação, agora tem um tom mais universal e urgente, com a introdução desse clã de vampiros. Entretanto não escapa de uma lentidão em certas horas que dá até uma agonia no espectador. Com exceção da boa montagem feita pelo diretor Chris Weitz (“A Bússola de Ouro“) onde se mostra a passagem dos meses na ausência de Edward, todas as outras cenas que tocam nesse tema são risíveis senão desnecessárias.

Sem contar que o argumento que é o gatilho do roteiro – o incidente na casa dos Cullen e sua posterior partida – são totalmente refutados pelo desfecho o que dá um ar de falsidade esmagadora na história. E o que dizer dos esforços vãos de Robert Pattinson para transformar seu Edward no Marlon Brando em “O Poderoso Chefão” com aquela voz artificialmente rouca, resultando em um som enfadonho.

É muito pra engolir? Sim. Mas aos poucos a saga de “Crepúsculo” começa a tomar uma forma mais densa com diversos elementos entrando na narrativa, o que deve deixar os fãs ainda mais excitados. Dá até uma ponta de esperança no próximo episódio da saga, “Eclipse“.

[rating:2.5]


Ficha Técnica

Elenco:
Kristen Stewart
Robert Pattinson
Taylor Lautner
Dakota Fanning
Michael Sheen
Ashley Greene
Peter Facinelli
Elizabeth Reaser
Kellan Lutz
Nikki Reed
Jackson Rathbone
Bronson Pelletier
Alex Meraz
Kiowa Gordon
Billy Burke
Chaske Spencer
Edi Gathegi
Rachelle Lefevre
Christopher Heyerdahl

Direção:
Chris Weitz

Produção:
Wyck Godfrey
Mark Morgan

Fotografia:
Javier Aguirresarobe

Trilha Sonora:
Alexandre Desplat

ELENCO

DIREÇÃO

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Respostas de 7

  1. Realmente.. um filme feito para os fãs.
    Eu li os livros da série.. e assim como fiquei indignada com a adaptação de Crepúsculo, fiquei com a de Lua Nova.
    Quem só vê os filmes, realmente tem a impressão de ser uma história rasa, não é dessa forma nos livros. Adaptações são sempre assim…
    Enfim, apesar de estar cheio de erros, eu gostei.. mas isso pq sou fã! =)

  2. é um filme feito para os emos.[2] … Aldo, vc tem q fazer uma critica do homecoming, acabei de assistir e eh mt ruim, Mischa Barton não pode ser vilã nunca, além do plágio quase q descarado de Misery.

  3. Mas…Hein??? Bela Lugosi virou na cova. O trocadalho do menino lobo foi genial. Kipling deve ter virado na cova também. Um abraço. A animação 9 é Dez, mas o roteiro podia ser melhor, dizem às más linguas embebidas em veneno.

  4. Vida de homem casado é assim mesmo. Um belo dia uma amiga de minha esposa liga para ela recomendando “Crepúsculo”, e pronto! Lá estou eu alugando os filmes, pois a mesma só assiste dublado, e a mantendo atualizada sobre o desenrolar das filmagens de cada episódio. Já escrevi anteriormente que se trata de um filme de vampiros sem sangue, e agora soma-se o fato de existirem lobisomens sem a influência da lua cheia, aliás, não precisamo do efeito nem mesmo da LUA NOVA (é bom brincar com os trocadilhos, lembrando que o menino lobo um dia foi Shark Boy). Fora o roteiro que força muito a barra e a preguiça de Robert Pattinson em atuar (incrível como se torna um fenômeno de popularidade, sendo que neste filme não consegue tornar crível seu amor por Bela), há de se admitir que a produção arrebanhou alguns méritos. Kristen Stewart conseguiu me convencer que sua personagem apaixonou-se por Edward, e o fez através do sofrimento, é palpável a sua solidão, e principalmente a sua fragilidade ao sr abandonada tanto pelo vampiro como pelo lobisomem (será que ainda teremos uma múmia?). O Clã dos Vampiros, este sim, transmite tensão mesmo sem jamais terem se deslocado de sua sala. Destaque para Michael Sheen que exala pura falta de escrúspulo em prol de sua lei. Se for olhado pelo prisma de que neste episódio buscou-se focar no triângulo amoroso, e portanto, por mais que existam figuras míticas as dezenas no filme, trata-se do gênero romance, houve uma evolução e esperança de caminho certo para eclipse. Mas não custa nada aumentar um pouco as cenas de ação, pois quando ocorrem são de encher os olhos!

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