Segundo filme que o diretor Ethan Coen faz sem seu irmão Joel Coen depois de “Garotas em Fuga” e agora está mais do que provado que duas cabeças pensam melhor que uma: o Ethan sozinho não chega sequer aos pés das obras que ele fez compartilhada com seu irmão, Joel.
Ele também repete a parceria com Margaret Qualley que aqui é a detetive particular Honey (sim, do título) que investiga uma estranha morte que pode estar associada a uma ceita religiosa liderada pelo pastor picareta Drew (Chris Evans de “Amores Materialistas” passando vergonha). As coisas se complicam quando sua irmã desaparece misteriosamente.
Apesar da sinopse parecer desembocar para algo inteligente, é tudo uma cilada: a trama é tão ruim e rasa que inventaram uma subtrama para fazer os espectadores pensarem que havia algum tipo de complexidade na história quando na verdade era apenas uma arapulca.
Para começo de conversa o roteiro dá uma explicação chula até pela motivação da protagonista de investigar o caso. Só que daí para frente só piora, pois nada mais começa a fazer sentido, até se descobrir que toda essa construção era pura perda de tempo.
Alguns elementos sempre presente nos filmes dos irmãos Coen estão lá, como um humor minimamente inteligente, uma boa direção de fotografia – de Ari Wegner, amigo dos Coen – e uma trilha sempre inusitada de Carter Burwell, todos que fizeram “Garotas em Fuga” também junto com Ethan. Mas nada substitui o talento que havia com os irmãos.
O final chega a ser medíocre que tenta num último suspiro, conectar a trama principal com a trama idiota, mas fica difícil até de chegar lá.
“Honey, Não!” chega no fundo do poço com uma dos roteiros mais mal escritos do ano e fica difícil crer que nele tem a assinatura de um Coen.
Ficha Técnica:
Elenco:
Margaret Qualley
Aubrey Plaza
Chris Evans
Lera Abova
Gabby Beans
Talia Ryder
Charlie Day
Kristen Connolly
Josh Pafchek
Alexander Carstoiu
Direção:
Ethan Coen
História e Roteiro:
Ethan Coen
Tricia Cooke
Produção:
Tim Bevan
Ethan Coen
Tricia Cooke
Eric Fellner
Robert Graf
Fotografia:
Ari Wegner
Trilha Sonora:
Carter Burwell





