Vida de Casado (“Married Life”, EUA / Canadá, 2007)

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O que parecia ser um drama novelesco se revela uma bela surpresa em mostrar um tratado sobre relacionamentos com leves toques de suspense. Na década de 30, Chris Cooper (“Quebra de Confiança“) interpreta de forma brilhante um homem que encontrou a felicidade no relacionamento. Não com sua esposa (Patricia Clarkson de “Vicky Cristina Barcelona“), mas sim com sua amante, a sempre bela Rachel McAdams (“Diário de uma Paixão“) numa tonalidade de loiro que nem sabia que existia naquela época. Com esse amor dividido, ele pensa que só será feliz se matar a esposa. Enquanto isso, ele apresenta a amante a seu melhor amigo (Pierce Brosnan de “Mamma Mia!“), o qual nunca acreditara em matrimônio, sempre cínico, porém que acaba se apaixonando, dando início a um triângulo amoroso onde cada vez mais segredos são revelados.

O que mais chama atenção no relacionamento entre os personagens é que mesmo com as piores ações, eles acreditam que estão fazendo a coisa certa. E é justamente essa dualidade que deixa tanto o elenco quanto o roteiro com mais brilho ainda. Tudo sem ter um peso depressivo de dramas desse calibre. Mais surpreendente ainda é o desfecho, bem diferente de tudo que o espectador poderia imaginar. Aliás, o público viverá uma mudança de emoções em relação aos personagens, hora amando, hora odiando, o que faz “Vida de Casado” ficar ainda mais delicioso. Imperdível e não devemos deixar o DVD pegar poeira nas locadoras.

[rating:4]


Ficha Técnica

Elenco:
Chris Cooper
Pierce Brosnan
Patricia Clarkson
Rachel McAdams
David Richmond-Peck
Erin Boyes
Timothy Webber
Pauline Crawford

Direção:
Ira Sachs

Produção:
Steve Golin
Sidney Kimmel
Jawal Nga
Ira Sachs

Fotografia:
Peter Deming

Trilha Sonora:
Dickon Hinchliffe

ELENCO

DIREÇÃO

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Uma resposta

  1. O filme “Vida de casado” é de fato interessante, por propor uma análise fria e irônica dos relacionamentos de casais nos anos 40 da América. E tem uma bela abertura, com créditos que revelam objetos domésticos, papéis de parede, itens de mesa e decoração com cara de estampas de velhas revistas ao estilo Reader´s Digest (é um achado, o início). Chris Cooper é bom ator e é assustador em sua mediocridade, sobretudo – marido maduro acomodado, achando-se com direito natural a ter uma amante e a despachar a mulher legítima para o outro mundo simplesmente para poupá-la do sofrimento, ou claro, para poupar-se e divertir-se com a amante, ficando apenas com esta. Patricia Clarkson também está bem, Pierce Brosnan é convincente, mas Rachel McAdams não parece apropriada para o papel. A trilha sonora é interessante e a citação de filmes antigos (como “Pandora”, com James Mason e Ava Gardner) toda vez que os personagens vão ao cinema, também é boa. Não é um grande filme, longe disso. Mas tem uma fina desfaçatez e ao menos foge às convenções e clichês.

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