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A idéia não era das piores: um serial killer sobrevive a sua execução e, enterrado vivo, volta para matar mais e se vingar de quem o prendeu. Mas quando o diretor é o picareta alemão Uwe Boll, (ir)responsável pelas péssimas adaptações de games “Alone in the Dark”, “House of the Dead” e “Bloodrayne”, não tem projeto que vingue.
Quis fazer um filme chocante, mas apenas colocou na introdução cenas reais de mau gosto de mau trato de animais (conseguidas com o PETA – órgão internacional de proteção de animais) e, quando é a hora de mostrar a que veio (a matança dos personagens), ele se acovarda e coloca cenas de violência de forma rápida e obscura.
É impressionante a falta de timing de Boll: ele perde um tempo valiosíssimo falando do passado do psicopata e do policial que o prendeu, interpretado por Michael Paré (lembram de “Ruas de Fogo”, clássico de aventura dos anos 80?). E depois, na hora da ação, ele simplesmente faz tudo a toque de caixa, sem nenhum suspense e acelerando o quanto pode para terminar tudo de forma besta e apressada, terminando com menos de 80 minutos de duração.
O único destaque dessa bomba é a ótima trilha sonora da estreante Jessica de Rodij, que parece ter captado o que é a essência do terror. Sem ela, Seed seria insuportável. Mas Boll é insuportável e deveria ser banido de fazer qualquer filme nesse planeta.
[rating:1]
Importante: Parece que essa versão foi a que estreou nos cinemas e teve cortes por conta das partes mais violentas. Assim que conseguir assistir a versão unrated, volto para verificar se a resenha precisa de mudança.
Ficha Técnica
Elenco:
Michael Paré
Andrew Jackson
William Sanderson
Ralf Moeller
Direção:
Uwe Boll
Produção:
Dan Clarke
Shawn Williamson
Fotografia:
Mathias Neumann
Trilha Sonora:
Jessica De Rodij